Ladies and
Gent´s
A muito….
Muito tempo atrás…
Existia um Rei que, de acordo com as
histórias medievais e romances de cavalaria, liderou a defesa da Grã-Bretanha
contra os invasores saxões no final do século V e no início do século VI.
Seu nome; Rei Artur apoiado pelo mago Merlin, sendo casado com Genebra ou Guinevere, e possuidor da espada Excalibur, e seu Castelo de Camelot actualmente Tintagel.
E assim fomos a descoberta, com passagem por Stonehenge aquela estrutura formada por círculos de pedras, que chegam a ter 5 metros de altura e pesam quase 50 toneladas.
Foi mesmo uma passagem já
que o destino era uma pequena vila da Cornualha.
E andaram os antigos a erguer e dar importância as pedras em vários sentidos desde
o culto ate ao desportivo até que surgiram os, Minions.
Lembram-se daqueles bonequinhos amarelos com uma fala esquisita?
Pois bem não é nada disso,
Minions é uma pequena vila na Cornualha onde podemos admirar Os Hurlers.
O monumento que compreende três círculos de pedra que se
encontram em uma linha de sul-sudoeste a norte-nordeste, e têm diâmetros de 35,
42 e 33 metros, respectivamente.
Os dois anéis de
pedra exteriores são circulares.
O círculo do meio, o maior, é ligeiramente elíptico.
O
nome "Hurlers" deriva de uma lenda na qual alguns homens jogavam
hurling em um domingo, dia de descanso, e foram magicamente transformados em
pedras como punição.
Ainda bem que naquele tempo não havia futebol nem MotoGP se não lá ficaríamos a
ter o MO88 em pedra.
No entanto a primeira menção dos Hurlers foi feita
pelo historiador John Norden, que os visitou por volta de 1584 e que
referenciou tratarem-se do tempo da Idade do Bronze.
Um local com uma vista soberba e onde vacas e ovelhas pastoreiam e onde astutos
aproveitam para fazer parapente e escalada.
Quanto aos Minions pensamos que tenham ficado pelas terras do Tio Sam.
Assim, desfrutando das estradas campestres que mais pareciam terem sido feitas por algum pintor, descrevendo contornos em que a moto fazia simbiose perfeita fomos a caminho do hotel.
Pequena unidade hoteleira, campestre e muito acolhedora
em que tivemos logo a entrada as boas-vindas pela parte de ovelhas com as suas
crias.
Realmente uma forma original e que mostra quanto esta inserida no meio rural em
que as fotos dificilmente conseguem descrever a beleza da paisagem envolvente.
Mas eis o 2ºdia, aquele dia que armados em cavaleiros no
nosso corcel alado, Honda Pan-European fomos visitar o Castelo de Tintagel (em
córnico: Dintagel, que significa "forte da constrição"
Fortificação
medieval localizada na península da Ilha de Tintagel, próxima da vila de
Tintagel, ao norte da Cornualha na Inglaterra.
Local arqueológico que possivelmente foi ocupado na época
Bretã-Romana, já que muitos artefactos desse período foram achados na
península, embora nenhuma estrutura romana tenha sido encontrada no local.
Depois foi ocupado na Idade Média, quando provavelmente
serviu como uma residência sazonal para os reis da Dumnônia.
No século XIII, um
castelo foi construído no local por Ricardo, 1.º Conde da Cornualha, quando a
Cornualha já estava conquistada pelo Reino da Inglaterra.
No entanto o castelo tem sido associado a lendas
relacionadas com o Rei Artur, tradição iniciada no século XII por Godofredo de
Monmouth, que por sua vez descreveu como o local onde foi concebido Artur em
seu livro pseudo-histórico Historia Regum Britanniae. Godofredo conta que,
através de uma feitiçaria de Merlin, o pai de Artur, Uther Pendragon, se
disfarçou de Gorlois, Duque da Cornualha, e dormiu com Igraine, a mãe de Artur.
Mas a lenda não ficou apenas pelo castelo já que surgiu os Cavaleiros da Távola Redonda
Os Cavaleiros da Távola Redonda, segundo a lenda, foram
os homens premiados com a mais alta ordem da Cavalaria, na corte do Rei Artur.
Os mais notáveis dos quais são Cai, Bedivere, Gawain e Galahad aquele que conseguiu encontrar o Santo Graal.
No entanto não esqueçamos Sir Lancelot e aquele caso amoroso.
Realmente o folclore é extenso e que tornou este castelo e a vila num ponto
muito procurado por turistas.
E com uma surpresa para nós.
Quem esperava encontrar os famosos pasteis de nata numa pastelaria inglesa?
É verdade e acreditem muito bem feitos e deliciosos.
Mas existe 2 pontos de interesse que destacamos, o primeiro a casa do correio que é mantida inalterada e sendo um marco histórico mostrando a vida de outros tempos.
E que em certo aspecto nos faz lembrar as casas da Beira junto a Serra da Estrela.
O segundo, King Arthurs Great Halls, construída no início
da década de 1930 por Frederick Thomas Glasscock e que originalmente serviu como sede de uma
organização social conhecida como Ordem da Sociedade dos Cavaleiros da Távola
Redonda.
Actualmente conhecidos por Templários e que todos os anos fazem uma reunião vindos
de vários pontos do mundo.
No entanto o que mais deslumbre o
visitante é o enorme salão e os seus 72
vitrais que ilustram os contos arturianos de autoria de Veronica Whall .
Estes contam a
história do Rei Arthur e mostram os brasões e armas dos cavaleiros envolvidos.
Whal projetou 73 janelas para o salão.
Desde 1997 é
considerada a maior coleção de vitrais do Rei Arthur feita no século 20 e um
grande exemplo de artesanato.
Se realmente
existiu o Rei Artur e seus Cavaleiros na realidade ficamos mais com a impressão
que é folclore no entanto os locais e as paisagens são de encantar e dessa
forma quem sabe um dia realmente tenha surgido do fundo de algum lago a mão com
aquela espada que traria paz, justiça e um mundo melhor.
Afinal sonhar não custa e voltamos a sela do nosso cavalo alado e fomos até a
pequena vila piscatória, Port Isaac em Cornish : Porthysek
O significado do nome córnico da aldeia,
Porthysek , é "porto de milho", indicando um comércio de milho do
distrito arável do interior.
Em 2004, a vila
serviu de cenário para a série de televisão ITV Doc Martin.
E onde podemos encontrar a rua mais estreita do Reino Unido.
E que faz uma curvatura como se fosse uma grande baia desde o Castelo de Tintagel até esta pequena vila de pescadores.
Uma região cheia de historias e lendas que leva o viajante a sonhar e para os motociclistas o desejo de voltar pela calma e encanto das suas estradas.
E no ultimo dia eis que
a vida campestre invade a nossa mesa.
Realmente quem espera ter a mesa uma Galinha de Angola?
Mas foi desta forma que nos
desejaram boa viagem de regresso e culminou mais uma aventura.
Boas curvas para todos
Texto e fotos: Paulo
Baltazar
Fotos: Ana
Tadeu
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vespa . almada
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